domingo, 24 de fevereiro de 2013

1° série D - Ensino Médio - pre-história

Queridos alunos
Utilizaremos este texto para desenvolver aula na semana de 25 a 28 de fevereiro...boa leitura.....prof. Dalva
PRÉ-HISTÓRIA
A pré-história corresponde ao primeiro período da evolução humana, estendendo-se da origem do homem até a criação da escrita, perto de 4.000 antes de Cristo. Durante sua longa duração, visualizam-se sinteticamente três grandes períodos distintos: o Paleolítico, o Neolítico e a Idade dos Metais...
A 65 milhões de anos atrás, caiu um meteorito na Península de Iucatam, no México, quando extinguiu os dinossauros...
Os mamíferos evoluíram durante 20 milhões em grandes mamíferos...

DIVISÃO DA PRÉ-HISTÓRIA
PERÍODO PALEOLÍTICO ou da PEDRA LASCADA compreende o espaço de tempo entre o aparecimento dos primeiros homínidas, até aproximadamente 26.000 antes de Cristo. Nessa época, o homem era nômade e um predador da natureza que vivia da caça, da pesca e da coleta de frutos.
Entre 3 e 2 milhões de anos atrás surgem o Homo erectus e o Homo habilis...
PALEOLÍTICO INFERIOR aproximadamente 5.000.000 a 25.000 antes de Cristo. Primeiros hominídios; caça e coleta; controle do fogo; e instrumentos de pedra e pedra lascada, madeira e ossos: facas, machados.
PALEOLÍTICO SUPERIOR Principal característica dos desenhos da Idade da Pedra Lascada é o naturalismo. O artista pintava os seres, um animal, por exemplo, do modo como o via de uma determinada perspectiva, reproduzindo a natureza tal qual sua vista captava. Atualmente, a explicação mais aceita é que essa arte era realizada por caçadores, e que fazia parte do processo de magia por meio do qual procurava-se interferir na captura de animais, ou seja, o pintor-caçador do Paleolítico supunha ter poder sobre o animal desde que possuísse a sua imagem. Acreditava que poderia matar o animal verdadeiro desde que o representasse ferido mortalmente num desenho. Utilizavam as pinturas rupestres, isto é, feitas em rochedos e paredes de cavernas.
Muitos anos antes de Cristo a arte paleolítica é gravada nas cavernas... O homem deste período era nômade. Os artistas deste período realizaram também trabalhos em escultura. Mas, tanto na pintura quanto na escultura, nota-se a ausência de figuras masculinas. Predominam figuras femininas, com a cabeça surgindo como prolongamento do pescoço, seios volumosos, ventre saltado e grandes nádegas.
Na época do Paleolítico Superior foram desenvolvidos instrumentos de marfim, ossos, madeira e pedra: machado, arco e flecha, lançador de dardos, anzol e linha; também o desenvolvimento da pintura e da escultura. Destaca-se: Vênus de Willendorf.

O PERÍODO NEOLÍTICO ou da PEDRA POLIDA compreende, aproximadamente, de 26.000 até 5.000 antes de Cristo. Foi quando os homens tornaram-se agricultores, pastores e sedentários. Para algumas regiões, admite-se a existência de um período de transição entre esses dois, chamado Mesolítico, que se caracteriza pelo uso concomitante das duas formas de trabalhar a pedra. Isso ocorre, por exemplo, no Oriente Médio.
A fixação do homem da Idade da Pedra Polida, garantida pelo cultivo da terra e pela manutenção de manadas, ocasionou um aumento rápido da população e o desenvolvimento das primeiras instituições, como família e a divisão do trabalho. Assim, o homem do Neolítico desenvolveu a técnica de tecer panos, de fabricar cerâmicas e construiu as primeiras moradias, constituindo-se os primeiros arquitetos do mundo.
Conseguiu ainda, produzir o fogo através do atrito e deu início ao trabalho com metais. Todas essas conquistas técnicas tiveram um forte reflexo na arte. O homem, que se tornara um camponês, não precisava mais ter os sentidos apurados do caçador do Paleolítico, e o seu poder de observação foi substituído pela abstração e racionalização. Como consequência surge um estilo simplificador e geometrizante, sinais e figuras mais que sugerem do que reproduzem os seres. Os próprios temas da arte mudaram: começaram as representações da vida coletiva. Além de desenhos e pinturas, o artista do Neolítico produziu uma cerâmica que revela sua preocupação com a beleza e não apenas com a utilidade do objeto.
Desse período temos as construções denominadas Dolmens que consistem em duas ou mais pedras grandes fincadas verticalmente no chão, como se fossem paredes e, uma grande pedra era colocada horizontalmente sobre elas, parecendo um teto. E o Menir monumento megalítico que consiste num único bloco de pedra fincado no solo em sentido vertical.
O Santuário de Stonehenge, no sul da Inglaterra, pode ser considerado uma das primeiras obras da arquitetura que a História registra. Ele apresenta um enorme círculo de pedras erguidas a intervalos regulares, que sustentam traves horizontais rodeando outros dois círculos interiores. No centro do último está um bloco semelhante a um altar. O conjunto está orientado para o ponto do horizonte onde nasce o Sol no dia do solstício de verão, indício de que se destinava às práticas rituais de um culto solar. Lembrando que as pedras eram colocadas umas sobre as outras sem a união de nenhuma argamassa.
No período Neolítico foram desenvolvidos instrumentos de pedra polida, enxada e tear; início do cultivo dos campos; artesanato: técnica de tecer panos e fabricação de cerâmicas; construção de pedra, construção das primeiras moradias (primeiros arquitetos do mundo); homem se torna um camponês.

IDADE DOS METAIS Aparecimento de metalurgia; aparecimento das cidades; invenção da roda; invenção da roda e arado de bois; Dinastia dos Faraós, no Egito.
4.000 a. C. aparecimento da escrita, marco inicial da História...
3.000 a.C. egípcios desenvolvem a escrita hieroglífica.
2.900 a.C. sumérios inventam a escrita cuneiforme.
2.000 a.C. a escrita por ideogramas é criada na China.
http://www.girafamania.com.br/primitiva/cronologia_tabua_antiga.html (20/02/2013)

Atividade Introdutória e diagnóstica 2013.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

TEXTO 1 - Recordações e a Ciência História

texto 1 - LEITURA E ATIVIDADE
      
        EE Padre José de Anchieta
Professora Dalva de Oliveira Soares da Costa
Ensino Médio – 2013


Recordações e a Ciência História

Recordo-me da obra Apologia da História ou o Ofício do Historiador, publicado por Lucien Febvre em homenagem póstuma a Marc Bloch. Obra Escrita a partir de uma pergunta de uma criança: “Papai, então me explica para que serve a história." (BLOCH, 2001, p.41).
Pergunta inquietante:- “Pra que estudar história se estes fatos já aconteceram há muitos anos?” retrucou a criança.
Sem dúvida nenhuma, é este o principal questionamento de quem não gosta de História. Um amigo meu até já me falou que sua esposa odiava esta disciplina. E também vivia lhe fazendo  esta mesma pergunta. Mas para ele foi muito mais fácil responder, alegando que as contas da casa eram pagas graças a História. Esta simples resposta, por mais que não trouxesse sentimentos de amor a ela, pelo menos trouxe algum de gratidão. Difícil é colocar isto na cabeça do aluno que pergunta constantemente e  acha que História deve ser uma ciência decorativa. Primeiramente mostrar que história não se decora, a ciência histórica hoje é um campo de conhecimento, de questionamento e de interpretação. Portanto, toda vez que escuto esta incômoda expressão de que a história é “decorativa”, corrijo afirmando que ela é na verdade “interpretativa”. Mas interpretar o que? Os fatos que aconteceram no passado da humanidade, certo?
De certa forma sim. Mas lembrando que o modo de se compreender o passado pode acontecer de diferentes formas. O historiador não dispõe de uma máquina do tempo para voltar a determinado fato histórico. Então, é justamente aqui onde entram os conceitos interpretativos, que fazem da história uma ciência não exata. Onde a determinado fato podem ser atribuídas diferentes versões, de acordo com as diferentes visões. Mesmo nenhuma sendo a correta ou a errada. Aliás, isto é que torna a história instigante, pois em meio a suas pesquisas, todo historiador sempre se depara com questionamentos a suas teorias, que caso não o faça mudar de ideia, suas teorias ficam mais reforçadas.  Vamos pensar: “a história é importante para que o homem não repita os erros do passado”. Mas me lembrei de um artigo que já li, onde este fato é questionado pelo exemplo das grandes guerras. Se esta primeira justificativa estivesse correta, a segunda guerra não teria acontecido. Portanto, nisso ficou o juízo de que a história não tem esta missão salvadora de alertar o homem dos erros que deve evitar. Pois o ser humano é totalmente imprevisível.
Então continue pensando...Lembrei-me de uma frase que até hoje não sei o autor, mas que sempre a cito: “É impossível saber para onde vamos, se não sabemos de onde viemos.” linda frase esta. Possivelmente inquestionável, mas em se falar de história...
 Ela sugere uma “caminhada” do processo evolutivo do homem. Associo também a uma noção de progresso, que sabemos da impossibilidade de atribuir estes valores às questões culturais. Não existe cultura “mais” ou “menos” evoluída, existem simplesmente culturas diferentes.
Infinitas são as explicações para o questionamento proposto, mesmo não concordando também com algumas, pensei em uma série de respostas feitas por especialistas da área:
  “A História serve para justificar visões de mundo."
 “Com a História entende-se o passado, compreende-se o presente e faz-se projeções para o futuro."
 “A História serve para se entender o presente."
 “A História é uma das formas de reflexão da vida social, pois nossa sociedade é auto-reflexiva."
 “A História serve para se entender o desenvolvimento das sociedades e dos valores da humanidade; com ela o historiador constrói e divulga conceitos e ideologias com o intuito de promover uma melhora na vida das pessoas."
 “A História serve para que nos divirtamos lendo uma novela que aconteceu na realidade."
 “A História é como a Química antes de Boyle ou a Matemática antes de Euclides, ou seja, não houve ainda um Galileu ou Newton que criasse um paradigma da História, e talvez jamais haja."
 “A história é, antes de tudo, um divertimento: o historiador sempre escreveu por prazer e para dar prazer aos outros. Mas também é verdade que a história sempre desempenhou uma função ideológica, que foi variando ao longo dos tempos."
 Poderíamos citar aqui outras diversas explicações, mas acho que já seriam muitas para a cabeça de um jovem estudante. Uma cabeça, não muito diferente de muitas, que se apegam a viver uma cultura do presente. Se planejando em função do futuro e desprezando seu passado. Poderia falar pra este jovem simplesmente estudar para não ficaria reprovado. Mas isto só contribuiria para aumentar mais ainda sua antipatia pela história.
Então me veio outra luz. Um pensamento que acho que explica de uma forma bem sucinta o porquê de se estudar e de se conhecer a história. E talvez seja a mais justa e explicativa idéia que releva “para quê serve a história?”
 Falei para o jovem: “Posso até não saber de sua real serventia! Só sei, que a estudo por que ela me causa um imenso prazer, o prazer de conhecer, o prazer do saber.”  E no outro dia lhe levei estas sábias palavras de São Bernardo de Claraval, Sobre o cantar dos cantares, Sermão 36, III.
 “Há quem busque o saber pelo saber: é uma torpe curiosidade.
 Há quem busque o saber para se exibir: é uma torpe vaidade.
 Há quem busque o saber para vendê-lo: é um torpe tráfico.
 Mas há quem busque o saber para edificar, e isto é caridade.
 E há quem busque o saber para se edificar, e isto é prudência.”
Clio (1790). Liebighaus, Frankfurt.

Filha de Júpiter e Mnemósine, seu nome deriva da palavra grega celebrar. Ao cantar a glória dos guerreiros e as conquistas de um povo, Clio tornou-se a patrona da História. É representada sentada, e ostenta como atributo a clepsidra (emblema da ordem cronológica dos acontecimentos).
http://www.vejapiripiri.com/index.php?option=com_content&view=article&id=4543:o-que-e-historia-para-que-serve-a-historia&catid=59:historiando&Itemid=99 (04/02/2013)
                                            
 Atividades

Folha para entrega â professora.
1) O que você aprendeu sobre a ciência história que ainda não sabia?
2) Dos motivos elencados no texto, cite dois que exemplifica melhor o sentido da História.
3) Quem é a personagem Clio?
4) “A História é uma das formas de reflexão da vida social, pois nossa sociedade é auto-reflexiva."    Explique com suas palavras o significado desta frase.
5) Você conclui que a História é apenas decoreba ou é uma ciência reflexiva que proporciona conhecimentos. Justifique.

Inicio ano Letivo 2013 - História

Boas - vindas alunos da EE Padre José de Anchieta. Aqui é a Prof. Dalva de História; Segue: 1) Texto "Recordações e a Ciência História" - com a atividade proposta para a primeira semana de aula 2013. 2) Uma Sequência Didática de atividades diagnóstica - Existe uma sequência para desenvolvimento das atividades propostas. Preparei com dedicação profissional, espero que todos acessem e desenvolvam na sala de aula o que foi proposto. Pensei num blog para que todos possam acessar do seu celular o material e assim fazer um uso produtivo e pedagógico do mesmo. Quem não tem internet para acessar tenho umas cópias que os auxiliarão. No ano de 2013 vamos fazer do celular um instrumento a serviço da aprendizagem e disciminador de conhecimentos. Forte abraços a todos e um excelente trabalho. Professora Dalva de Oliveira Soares da Costa - Jundiaí/Itupeva - SP